Deixa-te levar pela música contagiante de “Elvis”
O Rei do Rock invade as salas de cinemas para proporcionar ao público um concerto alucinante que conta a sua história de vida.
Em Elvis, o Coronel Tom Parker (Tom Hanks), infame agente do cantor, assume o papel de narrador não confiável. O mesmo leva-nos numa viagem meio alucinada pela vida do cantor, onde tenta convencer o público que ele apenas criou Elvis Presley (Austin Butler) e não teve nada a ver com o declínio do Rei do Rock.
Nesta viagem, é possível acompanhar os diferentes momentos que contribuíram para o sucesso do cantor, até ao final trágico da sua carreira.

Desde a sua infância, Elvis era fã do Capitão Marvel Júnior e vivia com a sua família em Shake Rag, uma comunidade negra no Mississipi. Nela, tomou contato pela primeira vez com o género musical Rhythm and Blues o qual acabou por influenciar o seu próprio estilo musical. Viveu a sua vida adulta com excessos, drogas e Rock’n’Roll. Já no declínio, começa finalmente a pôr em causa as intenções do seu agente musical, Tom Parker.
Tudo isto ao ritmo de muito boa música. Elvis tem uma das melhores canções e performances da atualidade. É impossível não abanar na cadeira, enquanto ouvimos um misto de clássicos do Rock cantados pelo “Rei” e temas interpretados mais recentemente por artistas como Doja Cat, Swae Lee & Diplo, entre outros.

No ponto de vista da performance, o ator principal Austin Butler tem um desempenho incrível ao personificar o Rei do Rock. Desde a forma de falar, até o actuar em palco. Foi uma escolha acertada, assim como Tom Hanks, para interpretar o Coronel Tom Parker.
O figurinismo e os cenários são outro ponto alto do filme. Nota-se uma especial atenção aos penteados e outfits usados, representativos de cada época mostrada pelo filme, assim como os cenários recriados, desde as ruas, estradas e interiores dos edifícios. Parece tudo muito genuíno e difícil de saber se foram mesmo recriados na totalidade ou se é CGI.
O único ponto negativo do filme, a meu ver, é a sua duração: duas horas e trinta e nove minutos. Podia ser um pouco mais curto, mas isso é mais um nitpick.
Para mim, assistir a Elvis foi uma experiência musical alucinante digna do Rei do Rock, facilmente recomendável até a quem não é fã desta figura icónica. Está repleto de fortes emoções e performances arrepiantes. A música contagiante é capaz de pôr qualquer um a mexer o esqueleto.
Elvis já se encontra disponível nos cinemas nacionais.