OPPENHEIMER
Por Manuel Monteiro
O novo épico biográfico de Christopher Nolan segue a história de J. Robert Oppenheimer, o físico teórico americano que desenvolveu a bomba atómica durante o Projeto Manhattan. Com base na obra American Prometheus, de Kai Bird e Martin J. Sherwin, o filme reflete não só o desenvolvimento da bomba, mas também os anos seguintes.

O filme conta com um verdadeiro elenco de estrelas, com Cillian Murphy no papel principal, Emily Blunt a interpretar Katherine Oppenheimer e Matt Damon e Robert Downey Jr a interpretar Leslie Groves e Lewis Strauss, respetivamente. Um conjunto de atores admirável, a dar uma enorme carga emocional ao filme. Há alguns grandes planos de Cillian Murphy em que sentimos exatamente tudo aquilo que “lhe passa pela cabeça”. Nessas alturas “somos” o homem que sente responsabilidade por Hiroshima e Nagasaki.
No decorrer do filme juntam-se aos atores já referidos, Florence Pugh, Josh Hartnett, Casey Affleck, Rami Malek e Kenneth Branagh, entre outros. Atuações emocionantes e intensas que acrescentam profundidade aos personagens e evocam a complexidade dos seus sentimentos.
Para além do fantástico trabalho dos atores, existe ainda um grande compromisso de Nolan e da sua equipa para criar uma verdadeira “autenticidade visual” neste filme. Grande parte dos cenários foram recriados meticulosamente sem recorrer a efeitos especiais. Aliás, o realizador fez questão de recriar Trinity, o primeiro teste da bomba atómica, sem usar computação gráfica.

O filme conta com um verdadeiro elenco de estrelas, com Cillian Murphy no papel principal, Emily Blunt a interpretar Katherine Oppenheimer e Matt Damon e Robert Downey Jr a interpretar Leslie Groves e Lewis Strauss, respetivamente. Um conjunto de atores admirável, a dar uma enorme carga emocional ao filme. Há alguns grandes planos de Cillian Murphy em que sentimos exatamente tudo aquilo que “lhe passa pela cabeça”. Nessas alturas “somos” o homem que sente responsabilidade por Hiroshima e Nagasaki.
No decorrer do filme juntam-se aos atores já referidos, Florence Pugh, Josh Hartnett, Casey Affleck, Rami Malek e Kenneth Branagh, entre outros. Atuações emocionantes e intensas que acrescentam profundidade aos personagens e evocam a complexidade dos seus sentimentos.
Para além do fantástico trabalho dos atores, existe ainda um grande compromisso de Nolan e da sua equipa para criar uma verdadeira “autenticidade visual” neste filme. Grande parte dos cenários foram recriados meticulosamente sem recorrer a efeitos especiais. Aliás, o realizador fez questão de recriar Trinity, o primeiro teste da bomba atómica, sem usar computação gráfica.
Numa entrevista para a IGN o realizador afirmou “Construímos os bunkers, construímos a torre (…) preparámos uma explosão em grande escala (…). Há uma tensão, há uma antecipação no que estamos fazer como cineastas (…) que ajuda os atores e a equipa a entender o que seria estar ali naquela noite…”. E na verdade essa atmosfera transparece no filme. A abordagem feita por Nolan permite essa experiência imersiva para o público. Sentimos realmente que fazemos parte destes momentos.
Embora o realizador seja conhecido pelas suas narrativas disruptivas, nesta obra opta por uma narrativa mais convencional, recorrendo a vários flashback´s para ilustrar o testemunho de Oppenheimer e de Lewis Strauss perante o Comitê de Atividades Antiamericanas da Câmara e o Comitê do Comércio, respetivamente.

Visualmente o filme é deslumbrante e exige uma tela de cinema. Grande parte da fotografia do filme segue uma estética retro que acaba por absorver o espectador.
Existem também algumas sequências do filme que tentam ilustrar processos de dinâmica e física quântica. Temas herméticos para o público em geral, mas que Andrew Jackson (o supervisor de efeitos especiais) conseguem transmitir, dando-nos a conhecer, mesmo de vislumbre, este mundo frenético de escala molecular.
Por fim, o design de som dá ao filme uma dimensão superior. A banda sonora de Ludwig Göransson não só consegue transparecer a serenidade do deserto do Novo México, como confere um ritmo alucinante à ação.
“Oppenheimer” é uma ode ao passado histórico, uma reflexão sobre a responsabilidade humana e uma verdadeira experiência cinematográfica.
