Os melhores “Gritos” do cinema
Crítica por Lisa Mira
Passados 11 anos desde a estreia do último filme da saga, GRITOS, apresenta-se como a continuação da história de um grupo de amigos sobreviventes a uma série de crimes brutais.
Com a realização a cargo de Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett (‘Ready or Not – O Ritual’ e ‘V/H/S’), este novo filme passa-se 25 anos após a primeira série de crimes que abalaram a pacata cidade de Woodsboro.
O assassino reaparece com a máscara icónica Ghostface e os novos alvos são um grupo de amigos adolescentes familiares do primeiro grupo vitimado.

Ao longo destes 25 anos, Woodsboro transformou-se numa cidade conhecida pelos trágicos acontecimentos. Além das notícias que foram geradas na altura, uma das sobreviventes, Gale Weathers (Courteney Cox), aventurou-se a escrever sobre eles e, mais tarde, a vender os direitos para a realização dos filmes “FACADAS”, que se tornaram num êxito de bilheteira principalmente para os teen.
Estabelece-se logo aqui um paralelismo com a realidade. Temos a alusão aos acontecimentos dos primeiros 4 “GRITOS” no próprio enredo, excertos da banda sonora do primeiro filme e até críticas em jeito de sátira. Para os mais atentos, existe até uma breve homenagem ao realizador dos filmes anteriores.
Cria-se uma ligação muito forte entre os personagens e o espectador. Dá quase a sensação de estarmos a acompanhar in loco a situação e o desespero destes jovens que, com a ajuda dos veteranos Gale Weathers (Courteney Cox ), Dewey Riley (David Arquette) e Sidney Prescott (Neve Campbell), se mobilizam para fazer frente ao mascarado.


Dewey Riley tem um papel fundamental ao relembrar o processo para apanhar o assassino. São regras fundamentais que não se podem quebrar (e que já vinham dos outros filmes anteriores), tais como, nunca ficar sozinho, desconfiar sempre de alguém do grupo, em nenhum momento dizer “já volto”. Mas, talvez, a mais importante: não há nunca um só assassino!
Quase até ao último minuto ficamos sem saber quem é verdadeiramente o culpado… e não vai ser por aqui que vão saber!
Têm de ir ver este GRITOS, até mesmo aqueles que não conhecem os filmes anteriores.
Com suspense (ficamos sempre paralisados quando vemos uma porta abrir e a fechar!), light terror e um argumento muito bem conseguido, surpreende pela positiva e será uma tarde/noite bem passada numa ida ao cinema.
Para ver e rever… e rever.